sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ABC INFANTIL - CARTUXO CORDELISTA - NO LIVRO EDIÇÃO ILUSTRADA

A – DE ALFABETIZAÇÃO
B – DE BOA LEITURA
C – DE CARTILHA
UM BOM APRENDIZADO
FAZ PARTE
DO DIA A DIA
QUANTO MAIS VOCÊ LER
SUA MENTE BRILHA

D – DE DEDICAÇÃO
E – DE EDUCAR
F – DE FABULÁRIO
SE VOCÊ
ESTÁ LENDO UM TEXTO
E TEM DÚVIDA NUMA PALAVRA
RECORRA AO DICIONÁRIO

G – DE GRAMÁTICA
H – DE HISTÓRIA
I – DE IDEALIZAR
A CRIANÇA
NÃO PODE FICAR OCIOSA
ELA TEM QUE BRINCAR
E TAMBÉM ESTUDAR

J – DE JOGRAL
L – DE LIVRO
M – DE MATEMÁTICA
ESTUDAR
É MUITO BOM
VOCÊ APRENDE MELHOR
ATRAVÉS DA PRÁTICA

 N – DE NARRAÇÃO
O – DE OBRA
P – DE PÁGINA
SUA CABEÇA
É O SEU MUNDO
SUA CABEÇA É UMA MÁQUINA

Q – DE QUADRO NEGRO
R – DE RECITAR
S – DE SOLETRAR
T – DE TABUADA
PARA APRENDER
AS QUATRO OPERAÇÕES
SEM ELA
VOCÊ NÃO APRENDE
QUASE NADA

U – DE UM
V – DE VERSO
X – DE XÉROX
Z – DE ZERO
O ESTUDO
É MUITO BOM
QUANTO MAIS ESTUDO
MAIS QUERO

 MENSAGEM DO AUTOR


O PIOR CEGO
É O QUE NÃO SABE LER
NEM ESCREVER
ELE ENXERGA
MAS NÃO PODE VER

PARA SER ALGUÉM NA VIDA
É PRECISO ESTUDAR
SABER LER
E TEMBÉM ESCREVER

NO ESTUDO
ESTÁ O TEU FUTURO
PARA TER DIAS MELHORES

UM POVO
SEM CULTURA
QUE TAMBÉM NÃO SEBE LER

É O MESMO QUE UM CEGO
PULAR DE UM PENHASCO
QUANDO CHEGAR LÁ EMBAIXO
SIMPLESMENTE VAI MORRER

SE A CULTURA É BOA
A LEITURA É MELHOR
LENDO VOCÊ APRENDE
COISAS QUE NÃO SABIA

A IDADE NÃO IMPORTA
PARA QUEM QUER APRENDER
VÁ PRÁ ESCOLA ESTUDAR
NÃO MORRA SEM SABER LER
E TAMBÉM ESCREVER

sábado, 17 de dezembro de 2011

VAIDADE E PRECONCEITO!


Já fui um fazendeiro bem sucedido
Dono de muitas terras
E de gado também,
Sempre fui muito orgulhoso
Nunca dei valor ao povo
Também não gostei de preto
E de pobre nem se fala,
O tempo foi passando
E eu sempre gastando
Com coisas banais.

Sempre olhando para frente
Sem querer olhar para trás,
Nunca soube o que foi crise
Agora estou arruinado
Perdi tudo o que tinha
Com mulher e forró
E festa de vaquejada,
Não sei mais o que fazer
Cheguei ao fundo do poço
Hoje não tenho mais nada.

Perdi o amor dos meus filhos
E de minha mulher também
Deixando ela só em casa
Para ir atrás de mulher fora
E festa de vaquejada,
Sem dar valor a ninguém
Hoje estou arrependido
Sendo muito castigado
Pagando os meus pecados
Perante o meu passado.

Vivendo as amarguras da vida
Estou sozinho no mundo, isso me desola,
Pois do preto que eu não gostava
Hoje ele me dá uma esmola,
Já o pobre me consola
Com suas palavras bonitas
Dizendo-me por favor não desista
Pois a vida é mesmo assim
Nunca deixe o caminho bom
Para enveredar no caminho ruim.

Autor: Valdemir Ferreira (CARTUXO)

JESUS E O MORIBUNDO


JESUS E O MORIBUNDO

Jesus Cristo nasceu e cresceu
E foi crucificado
Pagando os pecados
Que não cometeu
Falou até aos filisteus
Mas não foi observado.

Um dia caminhando na rua
Sem querer aparecer
Encontrou um moribundo
Sem ter o que fazer
Pois estava muito doente
E Sem ter o que comer.

Jesus sentou perto dele
E começou a conversar
E lhe disse assim
Tu és um irmão meu
Somos filhos do mesmo Homem
Que a vida me concedeu.

Tu não serás mais doente
E fome não passarás
Pois o meu Pai
É o todo poderoso
É quem manda nesse Mundo
E não ficarás atrás.

E o moribundo também falou
Senhor Jesus
Eu já fui muito humilhado
E também mal tratado
Por essa sociedade
Que não tem princípio nem fim.

Jesus Cristo olhou para ele
E também assim falou:
Tu és um ser singelo
Não viverás no flagelo
Já falei com meu Pai
Que é o nosso Criador.

É o Criador
Que dar e não pede
Ele olha para todos
Sem se preocupar com valor
Valor do dinheiro insano
Que tira vidas e amor.

Eu como filho do Homem
Vou te dizer uma coisa
Que vai te dá muito calor
Jamais serás um moribundo
Nesse Mundo de horror
Terás o prazer da vida com saúde e louvor.

Serás
Um ente querido
O meu Pai te quer sadio
Para louvá-lo com amor
Não serás mais doente
Assim o Criador falou.

O moribundo
Se levantou
E disse Jesus Cristo
Tu és o filho do Criador
Já estou me sentindo melhor
E agradeço ao Pai com carinho e amor.

Nesse sim
Nós podemos confiar
Que não tem covardia
Nos dá saúde
Paz e alegria
E a Natureza para admirar.

Jesus Cristo
Eu me despeço
Pelo seu gesto bonito
Vou voltar para casa com o bem dito
Já estou curado e com jeito
Para o meu rumo retornar.

Te agradeço de coração
Quem não tem Deus
Não sabe o que é oração
Não reza e não pede perdão
Trazendo atraso na vida
Eu prefiro uma flor e duas margaridas.

AUTOR: VALDEMIR FERREIRA(CARTUXO).

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Literatura de Cordel Ensina Educação no Trânsito para Crianças


Com mais de 100 trabalhos já publicados, o ex-bancário e cordelista Valdemir Ferreira, o “Cartuxo”, (se escreve com o xis mesmo), dá o exemplo de que a poesia popular nordestina, mais especificamente a Literatura de Cordel, pode ser uma importante ferramenta na educação de crianças e também de adultos.
Autor de 12 cartilhas em cordel, Cartuxo está lançando este mês o seu mais recente trabalho: o “ABC Infantil Especial Para Educação no Trânsito”.
Na cartilha, o cordelista arapiraquense traduz em texto simples e divertido as principais lições de educação para o trânsito, incluindo as formas seguras de atravessar as ruas, obedecer e respeitar os sinais de trânsito e trafegar com bicicletas, motos e outros veículos.
Valdemir Cartuxo mantém a tradição do cordel antigo com versos rimados e estrofes curtas, mas está inovando o trabalho com a escolha de temas ligados à ecologia, educação alimentar, combate à prostituição infantil e até um cordel traduzido para a língua inglesa.
“Acredito que, por meio da literatura de cordel, posso resgatar uma tradição nordestina e incentivar o hábito da leitura entre as crianças e adultos”, explica o cordelista.
Ele conta que nunca havia escrito nada ligado à literatura ou poesia. Cartuxo revela que a ideia de produzir literatura de cordel surgiu de repente, após completar 54 anos de idade.
O escritor diz que as xilogravuras são feitas pelo amigo e parceiro Paulinho da Julita, que mora na cidade de Girau do Ponciano.
“Meu maior objetivo é investir na literatura de cordel ensinando os jovens a valorizar o conhecimento da região, e a receptividade das pessoas tem sido muito boa, sobretudo as crianças. Quero ver os jovens lendo coisas boas, ao invés de assistir a alguns programas de tevê que deturpam os valores da nossa sociedade”, comenta.
Ele disse que já lançou recentemente um blog para divulgar seus trabalhos. Apesar disso, Cartuxo reclama da falta de apoio para produzir seus livros de cordel.
“Faço tudo com muito esforço e não recebo nenhuma compensação financeira por isso. Meu sonho é contar com o apoio de empresários e prefeituras da região, para poder confeccionar os livros e distribuir nas escolas”, completou o cordelista, que pretende publicar um cordel contando a história de Arapiraca e participar da Bienal do Livro, no próximo ano em Minas Gerais.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Dona Floracir - 86 Anos -Parabéns Mamãe!



Existem momentos em nossas vidas,
que jamais poderiam ser resumidos em simples palavras.
Ao longo desses anos fui convivendo com uma
mulher que me despertava diariamente para uma realidade,
que me fazia acreditar sempre mais e mais no verdadeiro significado das
palavras com determinação, respeito e amor.
Você foi ao longo desses anos à pessoa que mais me ouviu.
A amiga e mãe,que mais soube dos meus medos e das alegrias que tive,
participou intensamente do meu crescimento e me ajudou a tomar as decisões mais difíceis.
Sem dúvida alguma você é a pessoa que mais me conhece e por isso
quero abrir o meu coração e dizer como estou feliz em participar
do seu aniversário quero que a minha alegria transmita a você,
meu mais puro e sincero amor e toda a gratidão que tenho pelas coisas
que fez durante esses anos, espero estar sempre ao seu lado e poder
retribuir cada palavra e gesto de carinho que dedicou a mim,
Você é a melhor mãe do mundo.
Te amo e feliz aniversário!

de Todos os seus filhos e especialmente Cartuxo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011



Arapiraca (Sucursal)-Com muita criatividade e improviso, o ex-bancário Valdemir Ferreira, o .Cartucho. dá o exemplo de que a poesia popular nordestina - mais precisamente a literatura de cordel - pode baixar os índices de analfabetismo e melhorar o aprendizado das crianças no interior de Alagoas. Autor de mais de 50 folhetos impressos coloridos em papel off-set, o ex-bancário intitula seu trabalho de novo cordel. Valdemir Cartucho mantém a tradição do cordel antigo com versos rimados e estrofes curtas, mas está inovando o trabalho com a escolha de temas ligados à ecologia, prostitui ção infantil e até um cordel traduzido para a língua inglesa. Intitulado .travelling.- que significa viajante traduzido para a língua portuguesa-, o cordel relata com muita diversão a história de duas aves migrató- rias que contam suas experiências pelos Estados brasileiros por onde passaram.
.Essa foi uma maneira divertida que encontrei para incentivar o hábito da leitura entre as crianças, além de ensinar um pouco de inglês e geografia ., explica o cordelista. Cartucho diz que nunca havia escrito nada ligado à literatura ou poesia. Ele conta que a idéia de produzir literatura de cordel surgiu de repente, após completar 54 anos de idade. O escritor diz que as xilogravuras são feitas pelo amigo e parceiro Paulinho da Julita, que mora na cidade de Girau do Ponciano. "Meu maior objetivo é investir na literatura de cordel ensinando os jovens a valorizar o conhecimento da região, e a receptividade das pessoas tem sido muito boa, sobretudo as crianças. Quero ver os jovens lendo coisas boas, ao invés de assistir a programas como Big Brother e a Fazenda, que deturpam os valores da nossa sociedade", comenta.
NA PRÁTICA
O jovem Valter Plácido Santiago Júnior, 12, que estuda na 5ª série do Ensino Fundamental na Escola Municipal Hugo Lima, em Arapiraca, elogia o trabalho do cordelista Cartucho. "Já li três livros de cordel e achei todos bons, com histórias interessantes e divertidas", destaca.

Literatura ainda resiste aos avanços na comunicação

Literatura de Cordel é o nome dado às histórias do romanceiro popular do sertão Nordeste do Brasil (em especial Pernambuco, Paraíba e Ceará). A origem do nome "Literatura de Cordel" está em folhetos de impressão precária e expostos à venda pendurados em varais de barbante. O nome vem de Portugal, onde esse tipo de folheto de literatura popular também era produzido.
Também eram encontrados em países como Espanha, França, Itália e Alemanha. Esse tipo de folheto surgiu na Idade Média, por volta dos séculos XI e XII. A literatura de cordel chegou ao Brasil com nossos colonizadores, instalando-se na Bahia e nos demais estados do Nordeste, onde encontrou um terreno fértil.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Por outro lado, rádio e TV, com sua ação padronizadora, foram levando para o sertão os elementos mais característicos da cultura urbana e concorrendo com a literatura de cordel. Porém, se os folhetos hoje não fazem o mesmo sucesso que fizeram em outras épocas, eles ainda não desapareceram e são encontrados também nas comunidades nordestinas fora da região.
Atento a importância do seu trabalho, Cartucho reclama da falta de apoio para produzir seus livros de cordel. "Faço tudo com muito esforço e não recebo nenhuma compensação financeira por isso. Meu sonho é contar com o apoio para confeccionar os livros e distribuir nas escolas"completou.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O cordelista arapiraquense Valdemir Ferreira, conhecido como “Cartuxo Cordelista” vem dedicando grande parte do seu tempo escrevendo versos em cordéis abordando vários temas, alguns polêmicos, a exemplo do tema Pedofilia colocando como foco principal os cuidados básicos para enfrentar o perigo alertando pais, professores e crianças.
Segundo o autor, já escreveu 300 títulos todos inéditos a exemplo do Maior abandonado, discriminação racial, Por que a guerra, O pastor e o ladrão de galinhas. Cartuxo Cordelista aborda outros temas com foco na literatura infantil com ilustrações como o ABC dos Bichos, ABC Infantil, Sinfonia dos Bichos, que, segundo o autor pode ser musicada para ser cantada pelo pelas crianças nas escolas.
Outros temas infantis destacados por Cartuxo são; Banda dos Bichos e o vendedor de bananas. O autor reclama e lamenta da falta de apoio e incentivo dos poderes públicos em nível de Estado e Município.
De acordo com Cartuxo, seu trabalho já foi traduzido para o espanhol e o inglês, os títulos traduzidos a exemplo de O pato a galinha e o viajante. Explicou que recebeu convite da Biblioteca Belmonte de São Paulo e não teve como cumprir o compromisso para expor o seu trabalho por falta de patrocínio.
Apesar da falta de apoio e incentivo, Valdemir Ferreira o Cartuxo não desanima e a cada dia busca mais inspiração para escrever novos temas polêmicos e atuais preservando e divulgando a cultura popular as raízes e a cultura nordestina.

Fonte:Roberto Gonçalves - www.oops.net.br

terça-feira, 12 de julho de 2011

"ÉDUCASSÃO"... (ótima reflexão)

A Evolução da Educação: Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia... Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer. Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

7. Em 2010 ...:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social, não precisa responder pois é proibido reprová-lo).
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00 E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança. Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar armado) - Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
Todo mundo está 'pensando'
em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que se 'pensará'
em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"
Passe adiante!
Precisamos começar JÁ! Ou corremos o sério risco de largarmos o mundo para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados e sem a menor noção de vida em sociedade e respeito a qualquer regra que seja!!!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

VALDEMIR FERREIRA - CARTUXO E SUA AFILHADA RAÍSSA



“Quero ver os jovens lendo coisas boas, ao invés de assistir a programas como Big Brother e a Fazenda, que deturpam os valores da nossa sociedade”
Cartuxo do Cordel
[Fonte (frase):"Jornal'Tribuna Ind.'"/www.tribuna-al.com.br]

Valdemir Ferreira, conhecido como ” cartuxo “, é filho de D. Flora ( Costureira ) e do saudoso Sr.Emídio ( mecânico ). Passou toda a sua infância e adolescência na Rua Boa Vista e atualmente reside na Rua Estudante José de Oliveira Leite, Centro de nossa metrópole.

Começou a trabalhar aos 11 anos vendendo picolés; aos 13 entregava butijões de gás. Antes de ingressar no Banco do Brasil ( Onde trabalhou de 1981 a 1997 ), lecionou matemática na Escola ” Hugo Lima ” e trabalhou em uma empresa multinacional de beneciamento de tabaco.
Valdemir é casado com D. Zélia, é pai de 4 filhos e avô de
João Vinícius.

São 70 cordéis produzidos e conta com a assinatura dos desenhos e ilustrações das capas de Paulinho da Julita, residente em Girau do Ponciano/AL. Cartuxo do Cordel continua na luta pela realização de seu sonho de ver os seus cordéis publicados, dando assim a sua contribuição para o crescimento cultural de todos nós. Ele é um grande divulgador da literatura de cordel, que nasceu em
Portugal e se tornou popular aqui no Nordeste brasileiro, ajudando a
ensinar, durante décadas, o nordestino a ler. Atualmente a sua meta é conseguir um patrocinador que esteja interessado em
divulgar esta bellíssima arte popular.

FRAGMENTOS

Aqui você encontrará fragmentos de alguns de seus principais cordéis:

1. ” O Maior Abandonado “
O que eu fiz na minha vida
Para poder viver assim ?
Meus filhos me jogaram num asilo,
Onde sou maltratado
Sozinho e isolado
Esse será o meu fim.


2. ” O Pastor e o Ladrão de Galinha “
O Pastor chega de viagem,
Quando desce na estação
Aparece um homem correndo
Trazendo um roubo na mão
o dono vem logo atrás
gritando: Pega ladrão!.

3. ” Wanderley, o Fora da Lei “
Foi numa cidade sem lei,
Um sujeito por nome de Wanderley
Metia medo a todos,
Não respeitava ninguém
Fazendo muita arruaça,
E querendo bater em todo mundo.

4. ” Por que Dormi na Rua ? “
Eu vou contar um relato
De uma história muito triste
Que comigo aconteceu
Pois eu vou ser sincero
Nada tenho a esconder
O culpado foi meu pai e eu.

5. ” O Pescador Artesanal “
Já escrevi vários temas
Mais um não poderia faltar,
O Pescador artesanal
Com toda humildade
Pois o seu mundo
É o rio e o mar.

6. ” Capitão Teixeira e Zé da Hora “
Foi numa segunda-feira
Lá prás bandas do Parnaíba,
Que conhecí Zefinha
Filha do Capitão Teixeira
Homem respeitado em toda região,
Do Agreste ao Sertão tinha muito valor
Depois do conhecimento,
Sem um consentimento
do Capitão Teixeira.

7. ” Benedita, a Benfeitora “
Foi nos idos de trinta
Que conheci Benedita,
Benfeitora de muita religião
Ajudando a todos
Com muita educação,
Fazendo sua obrigação.

CORDÉIS INFANTIS
São 8 cordéis direcionados ao público infantil, ilustrados por
Paulinho da Julita, com animais de nossa fauna:

1. O viajante
2. O galo desaforado
3. O grilo motorista
4. O pato e a galinha
5. O ABC dos animais
6. A sinfonia dos bichos
7. A banda dos bichos
8. O macaco vendedor de bananas

[ Por Pedro Jorge ]


CONTATO

[ E-mail ] cartuxo56@ig.com.br
CORDEL CONTRA O ANALFABETISMO ( sinopse )
Por Davi Salsa

Com muita criatividade e improviso, o ex-bancário Valdemir Ferreira, o .Cartuxo, dá o exemplo de que a poesia popular nordestina – mais precisamente a literatura de cordel – pode baixar os índices de analfabetismo e melhorar o aprendizado das crianças no interior de Alagoas.

Autor de mais de 50 folhetos impressos coloridos em papel off-set, o ex-bancário intitula seu trabalho de novo cordel. Valdemir mantém a tradição do cordel antigo com versos rimados e estrofes curtas, mas está inovando o trabalho com a escolha de temas ligados à ecologia, prostituição infantil e até um cordel traduzido para a língua inglesa. Intitulado .travelling.- que significa viajante traduzido para a língua portuguesa-, o cordel relata com muita diversão a história de duas aves migratórias que contam suas experiências pelos Estados brasileiros por onde passaram.
“Essa foi uma maneira divertida que encontrei para incentivar o hábito da leitura entre as crianças, além de ensinar um pouco de Inglês e Geografia”, explica o cordelista. Cartuxo diz que nunca havia escrito nada ligado à literatura ou poesia. Ele conta que a ideia de produzir literatura de cordel surgiu de repente, após completar 54 anos de idade. O escritor diz que as xilogravuras são feitas pelo amigo e parceiro Paulinho da Julita, que mora na cidade de Girau do Ponciano.

Atento a importância do seu trabalho, Cartuxo reclama da falta de apoio para produzir seus livros de cordel. “Faço tudo com muito esforço e não recebo nenhuma compensação financeira por isso. Meu sonho é contar com apoio para confeccionar os livros e distribuir nas escolas”,completou.

[ Fonte: "Jornal 'Tribuna Independente'", 31 de Janeiro de 2010 ]

[ Editado por Pedro Jorge ]