sábado, 17 de dezembro de 2011

VAIDADE E PRECONCEITO!


Já fui um fazendeiro bem sucedido
Dono de muitas terras
E de gado também,
Sempre fui muito orgulhoso
Nunca dei valor ao povo
Também não gostei de preto
E de pobre nem se fala,
O tempo foi passando
E eu sempre gastando
Com coisas banais.

Sempre olhando para frente
Sem querer olhar para trás,
Nunca soube o que foi crise
Agora estou arruinado
Perdi tudo o que tinha
Com mulher e forró
E festa de vaquejada,
Não sei mais o que fazer
Cheguei ao fundo do poço
Hoje não tenho mais nada.

Perdi o amor dos meus filhos
E de minha mulher também
Deixando ela só em casa
Para ir atrás de mulher fora
E festa de vaquejada,
Sem dar valor a ninguém
Hoje estou arrependido
Sendo muito castigado
Pagando os meus pecados
Perante o meu passado.

Vivendo as amarguras da vida
Estou sozinho no mundo, isso me desola,
Pois do preto que eu não gostava
Hoje ele me dá uma esmola,
Já o pobre me consola
Com suas palavras bonitas
Dizendo-me por favor não desista
Pois a vida é mesmo assim
Nunca deixe o caminho bom
Para enveredar no caminho ruim.

Autor: Valdemir Ferreira (CARTUXO)

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