Tem o sapo
Tem a rã e a perereca
Tem o badoque
Também tem a peteca
Tem um menino travesso
Usando arco e flecha.
Tem uma casa de taipa
Tem um pote
E um porrão
Tem um fogo aceso
Preparando um pirão
Um pirão
Para o jantar
De uma galinha
caipira
Que ela só deu e não
tira
Um ovo para procriar
Tem o boi
Tem o arado
Também tem o trado
Para o buraco cavar
Uma cacimba
Para a água gente poder
tomar
Tem o bode
Tem o porco
Também tem o preá
Tem o querosene
Tem o candeeiro
Para a casa alumiar
Também tem o petisqueiro
Para os pratos guardar
Tem um quadro na parede
Para a memória lembrar
Jesus Cristo sorrindo
Pra gente poder orar
Temos o dia
Para podermos trabalhar
Produzindo o que comer
Para poder alimentar
Toda a nossa família
Lhes dando bem estar
Tem um bem ti vi
cantando
Joao de barro
trabalhando
Fazendo um primeiro
andar
Seu filhote esta
chegando
Para a família aumentar
Tem uma porca parida
Deitada no seu lugar
Aleitando os bacorinhos
Pra todos poderem
brincar
Se sujando na lama
Pra poder se deitar
Tem uma pata toda
faceira
Deitada num aguaceiro
Olhando o tempo passar
Cuidando dos seus
patinhos
Olhando cada passinho
Para não se machucar
Tem o passarinho
perneta
Andando numa perna só
Tem o gavião
Tem o socó
Com o seu bico arisco
Comendo do bom e do
melhor
Tem o japiaçú
Andando de norte a sul
Conhecendo o Brasil
Para dar aula
Para a galera apreciar
Até mesmo o urubu
Por falar em urubu
Essa eh uma ave
inteligente
Fazendo sua limpeza
Desse homem descrente
Que a Natureza destrói
Mas ele está presente
Fazendo toda limpeza
Com a maior destreza
Igual a uma estrela
cadente
Deixando tudo limpinho
Na maior perfeição
E nos ficarmos
contentes
Ainda tem o beija flor
Com sua velocidade
voraz
Batendo as suas asas
Voando pra frente e
para traz
Sugando o seu néctar
A Natureza ele satisfaz
Tem o galo de campina
O nome já está dizendo
Ele voa e empina
Mas não é uma pipa no
ar
Eh um passarinho bonito
Com o jeito de saber
voar
Aí vem o extravagante
Com sua coleira bonita
Passarinho nenhum imita
O jeito do seu cantar
Ele e preto e branco
Mas tem o dom de
declamar
Tem um tal de azulão
Azul da cor do luar
Mesmo estando numa
gaiola
Ele não para de cantar
O canto é tão bonito
Que eu fico a observar
Não posso esquecer o
cancão
Com habilidade no seu cantar
O seu canto é
verdadeiro
Basta saber escutar
Ó passarinho tinhoso
Que até asma pode curar
Tem o Martín pescador
Que não precisa de rede
Para poder pescar
Ele espera a hora certa
Com muita paciência
E o peixe poder fisgar
Tem o nobre jumento
Para a carga
Poder carregar
Trazendo em cima
Um camaleão
E um monte de mangangá
Pois tem
Uma plantação de maracujá
Sem o mangangá
Ela não vai vingar
Ele tem todo o vigor
Para a mesma poder
florar
Não esqueçamos o cavalo
Com o seu trote matreiro
Trabalhando o dia
inteiro
Para o seu dono ajudar
Levando o produto da
terra
Para dinheiro apurar
Tem dois bois de carro
Arando o dia inteiro
A terra para plantar
Pois eles sabem
Que trabalhando
Vão ter o que lucrar
A alimentação garantida
Pois trabalhando
bastante
Sem perder um instante
Para poder se alimentar
A alimentação eh
sagrada
Agora vão descansar
Ainda tem a dona abelha
Com o seu favo de mel
Fornecendo o doce
açúcar
Pra fazer bolo a granel
Oh Natureza linda
Pois caíste do céu
Tem um xexéu
Em cima de uma
bananeira
Um vaqueiro sentado
Limpando sua perneira
E o seu cavalo
descansando
Ao lado da ribanceira
Tem um jacaré no lago
Querendo fazer besteira
Tem uma cabra deitada
Em cima de uma esteira
Mas a cobra fala prá
ele
Não faça tal asneira
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